
Quando perdeu a carteira de trabalho, há um ano, o funcionário público Nilo da Silva perdeu junto todos os registros de toda sua vida profissional. Para recuperar informações como o tempo de serviço, que são fundamentais na hora de se aposentar, Nilo teve de voltar a cada uma das empresas em que já trabalhou. “Demorei uns dois meses, fui a todas as empresas. É uma burocracia enorme”, conta.
A nova Carteira de Trabalho é parecida com o passaporte: tem capa e folhas azuis, marca d'água contra falsificações e um código de barras. Para evitar a perda dos dados profissionais o governo modernizou o sistema.
Agora, quem tirar uma nova carteira recebe também o Cartão de Identificação do Trabalhador, que vai permitir consultas sobre o Fundo de Garantia, pagamento de abonos e contagem de tempo de serviço – todos os registros, desde o primeiro emprego. Em até 90 dias, o cartão vai ser enviado para a casa do trabalhador.
As consultas poderão ser feitas em terminais da Caixa ou pela Internet, através do Portal do Trabalhador. No caso de perda da carteira ou do cartão, os dados serão recuperados.
Na cerimônia de lançamento, no Palácio do Planalto o presidente Lula recebeu a carteira de número um. Por enquanto, a nova carteira só vai ser emitida em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília – capitais onde não há mais estoque do modelo antigo.
O governo tranqüiliza o trabalhador: ninguém precisa substituir a carteira velha pela nova, porque a prioridade vai ser para quem está tirando o documento pela primeira vez.